Os minerais se compõem naturalmente e existem desde o princípio do mundo. Eles são fundamentais para a nossa sobrevivência e a lista é extensa.
No Brasil, a mineração é uma atividade bastante protagonista, se destacando como suporte financeiro para o país.
Nosso solo é potencialmente rico em minerais, atraindo muitos investidores, desde o período do Brasil Colonial, quando foi responsável por parte da ocupação do território nacional, pelo equilíbrio econômico e pela geração de riquezas.
Assim, durante todo o século XVII, o interior do país recebeu várias expedições em busca de metais valiosos e pedras preciosas.
No ano de 1696, uma dessas expedições conseguiu encontrar jazidas de ouro nas regiões montanhosas de Minas Gerais, onde teve início a ocupação do Vale do Ouro Preto.
Atualmente, somos um dos países com maior potencial em recursos minerais do planeta, com 55 tipos de minerais explorados.
Com isso, figuramos como um importante player mundial no setor mineral.
A mineração na Região Norte e sua importância econômica
As atividades ligadas à mineração na região Norte têm se despontado como uma relevante fonte de geração de riqueza.
O setor é um dos principais motores de crescimento do local, especialmente no Pará, onde se encontram as duas maiores jazidas da região: a de Oriximiná, que lavra bauxita, com maior parte da produção destinada à exportação e a de Serra dos Carajás, que aparece como uma das maiores do planeta e produz o minério de ferro mais puro do mundo.
Carajás, localizada no sudeste do estado, concentra ainda, uma diversidade enorme de minerais, como:
- Manganês;
- Cobre;
- Bauxita;
- Ouro;
- Níquel;
- Estanho e outros.
Serra dos Carajás: Entenda como tudo começou
A maior província mineralógica do mundo, Carajás foi descoberta acidentalmente, em 31 de julho de 1967, quando um helicóptero a serviço de uma mineradora estadunidense teve que realizar um pouso de emergência em uma clareira da região.
O geólogo Breno Augusto dos Santos, chefe de equipe de geólogos da US Steel, siderúrgica norte-americana, que na época procurava manganês na Amazônia para abastecer suas usinas nos Estados Unidos, notou que havia poucas árvores no local, o que poderia ser causado pela presença de minério de ferro na superfície.
O geólogo desceu para examinar algumas rochas do local: “Quando bati o martelo, saiu um negócio avermelhado e vi que não era manganês, era ferro. Pensei ‘caramba, isso tudo aqui é ferro'”.
O ferro encontrado no local, mudou a história do Brasil, colocando o país no mapa da mineração mundial.
A partir desta descoberta começaram as pesquisas minerais na região que hoje é a maior produtora de minério de ferro de alta qualidade do mundo.
Desde que a Vale iniciou suas atividades na região, a empresa ajuda a proteger um conjunto de cinco Unidades de Conservação em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“O minério de Carajás foi ocupando um espaço importante no mercado mundial, dada a sua qualidade, que possibilita a blendagem (mistura) com outros minérios mais pobres e também a redução da emissão de poluentes na indústria siderúrgica”, explicou Antonio Padovezi, diretor da Vale.
Extração de bauxita em Oriximiná
A bauxita é a principal fonte natural de alumínio (terceiro elemento mais abundante na natureza), e a maior parte de sua extração mundial é destinada à obtenção desse elemento.
O termo bauxita vem do nome Baux, região do sul da França em que o minério foi descoberto.
Na produção de bauxita, o Brasil é o terceiro em nível mundial, com uma produção de aproximadamente 17,4 milhões de toneladas. Sua extração acontece, exclusivamente, na Serra do Oriximiná, no estado do Pará. Esse minério é usado na fabricação do alumínio, importante matéria-prima na produção de eletrodomésticos, material elétrico, entre muitos outros.
O processo de transformação desse mineral em alumínio é muito caro e oneroso ao meio ambiente. Por isso, é tão importante a reciclagem de latinhas de alumínio.
Uma curiosidade
A região norte abrigou Serra Pelada, a maior mina de ouro a céu aberto do mundo.
Na década de 1980, essa área foi invadida por milhares de pessoas em busca do enriquecimento rápido através do ouro.
Em 1992, ocorreu a paralisação da extração de ouro na região. A grande cratera aberta para a retirada do ouro transformou-se num enorme lago.
A Companhia Vale do Rio Doce, atualmente Vale, recebeu uma indenização de 59 milhões do Governo Federal, pois tinha direitos sobre as jazidas de ouro, que foram invadidas por milhares de garimpeiros.
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03 de novembro de 2022